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Astrônomos Descobrem Planeta Gigante Incomum Tão Leve quanto Algodão-Doce

Planeta Algodão-Doce

O que é grande, com uma composição fofa, semelhante a algodão-doce? Inacreditável, mas é um planeta!

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Uma coalizão internacional de astrônomos descobriu recentemente um planeta incomum, batizado de WASP-193b, sendo cerca de 50% maior que Júpiter e, de alguma forma, ainda é o segundo planeta mais leve já encontrado.

Mas o WASP-193b, localizado além do nosso sistema solar, a cerca de 1.200 anos-luz da Terra, não é apenas uma curiosidade científica. Segundo um estudo publicado terça-feira (14/05/2024), na revista Nature Astronomy, o exoplaneta pode ser fundamental para pesquisas futuras que investiguem a formação planetária atípica.

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Este planeta algodão-doce não está sozinho; existem outros planetas semelhantes pertencentes a uma classe que os cientistas chamam faceta de “Júpiteres fofos”. O planeta mais leve já descoberto é o superfofo Kepler 51d, o qual é quase do tamanho de Júpiter, mas cem vezes mais leve que o gigante gasoso.

Os Júpiteres fofos são na maioria um mistério por 15 anos, disse Khalid Barkaoui, autor principal do estudo. Mas o WASP-193b, devido ao seu tamanho, é um candidato ideal para análises futuras pelo Telescópio Espacial James Webb e outros observatórios.

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“O planeta é tão leve que é difícil pensar em um material sólido análogo”, disse Barkaoui, pesquisador de pós-doutorado em ciências da Terra, atmosféricas e planetárias no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em um comunicado à imprensa. “A razão pela qual ele se assemelha ao algodão-doce é porque ambos são feitos principalmente de gases leves, em vez de sólidos. O planeta é basicamente super fofo.”

Dicas TOP neste artigo “faz de conta” que passeia pelo parque de diversão ou circo chamado Universo. Vamos saber mais sobre o Planeta Super Fofo na sequência e entender um pouco sua formação planetária misteriosa!

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WASP-193b – Planeta de Baixa Densidade Apresenta Grande Desafio

O WASP-193b, que os pesquisadores acreditam ser composto principalmente de hidrogênio e hélio, representou um grande enigma para os cientistas. Devido à densidade extremamente baixa do exoplaneta em relação ao seu tamanho, calcular sua massa se tornou um desafio significativo.

Normalmente, os cientistas determinam a massa de um planeta usando uma técnica chamada velocidade radial, na qual analisam como o espectro de uma estrela – um gráfico que indica a intensidade das emissões de luz em comprimentos de onda – se desloca conforme um planeta a órbita. Quanto maior o planeta, mais o espectro da estrela pode se deslocar. No entanto, isso não funcionou para o WASP-193b, que é tão leve que não gerou nenhuma atração detectável na estrela.

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Devido à pequena intensidade do sinal de massa, a equipe levou quatro anos para reunir dados e calcular a massa do WASP-193b, explicou Barkaoui. Dado que os números extremamente baixos encontrados eram tão raros, os pesquisadores realizaram várias análises de dados para garantir a precisão de suas descobertas.

Desvendando o Enigma de WASP-193b: Uma Análise do Gigante Gasoso de Baixa Densidade

“Inicialmente, estávamos obtendo densidades extremamente baixas, o que era muito difícil de acreditar no começo”, disse Francisco Pozuelos, coautor do estudo e pesquisador sênior do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, na Espanha, em um comunicado à imprensa.

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Eventualmente, a equipe descobriu que a massa do planeta é de apenas 14% da massa de Júpiter, apesar de ser muito maior em tamanho.

Mas um tamanho maior significa uma “atmosfera mais extensa”, disse Julien de Wit, coautor do estudo e professor associado de ciência planetária no MIT. Isso significa que o WASP-193b oferece uma janela especialmente útil para investigar a formação desses planetas fofos.

“Quanto maior a atmosfera de um planeta, mais luz pode passar através dela”, disse de Wit. “Então, está claro que este planeta é um dos melhores alvos que temos para estudar efeitos atmosféricos. Ele será uma Pedra de Roseta para tentar resolver o mistério dos Júpiteres fofos.”

Mas também não está claro como o WASP-193b sequer se formou, disse Barkaoui. Os “modelos clássicos de evolução” dos gigantes gasosos não explicam bem o fenômeno.

“O WASP-193b é um caso à parte entre todos os planetas descobertos até hoje”, afirmou.

Conclusão

Em suma, o WASP-193b desafia não apenas as expectativas científicas mas também os modelos atuais de formação planetária, representando um intrigante quebra-cabeça no estudo dos exoplanetas. Sua descoberta e análise detalhada continuam a inspirar a comunidade astronômica e prometem avanços significativos na compreensão dos mecanismos subjacentes que regem a formação e a estrutura dos chamados “Júpiteres fofos”. Este gigante gasoso de baixa densidade não só expande nossa percepção do que os planetas podem ser, como também serve como um laboratório cósmico para futuras investigações, abrindo novas avenidas para explorar as profundezas do espaço e os mistérios ainda não resolvidos do universo.

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